
Produzida pela Paramount+ e criada por Ronan Bennett (Top Boy), MobLand é uma série que vai além da estética da máfia. Com uma atmosfera densa, diálogos carregados de subtexto e um elenco de peso, a obra se firma como uma das mais interessantes do gênero policial lançadas em 2025.
A trama gira em torno de Harry Da Souza (Tom Hardy), um intermediário leal à influente família Harrigan. No comando estão Conrad (Pierce Brosnan) e Maeve Harrigan (Helen Mirren, em atuação irretocável), líderes implacáveis de uma organização criminosa que mistura tradição, frieza e um senso distorcido de honra.
Ao lado de Harry está Kevin Harrigan (Paddy Considine), herdeiro direto da dinastia mafiosa e seu parceiro de longa data. É nessa relação que a série encontra seu núcleo emocional mais instável. A parceria entre os dois oscila entre confiança cega e tensão silenciosa — e é exatamente isso que torna tudo tão interessante.
Visualmente, MobLand impressiona. Os episódios dirigidos por nomes como Guy Ritchie e Anthony Byrne têm ritmo, textura e uma paleta que abraça o cinza como linguagem. O roteiro de Bennett, coescrito com Jez Butterworth, é afiado e repleto de camadas. Há momentos em que o silêncio fala mais do que as armas.
Quando lançaram os primeiros teasers sobre esta série eu ja sabia que seria incrivel. Estes tres principais atores ja seriam bons o suficiente para atrair publico e ser sinônimo de sucesso mas temos otimos atores na série. Ainda estou na primeira temporada e não consigo perder um capítulo, vale grudar no sofá e maratonar.
Como espectador, fui fisgado logo no primeiro episódio. E conforme os episódios iam se desenrolando (foram lançados semanalmente entre março e junho de 2025), comecei a perceber algo curioso: MobLand é menos sobre o crime e mais sobre os danos colaterais de se nascer dentro de uma estrutura onde a escolha nunca foi real.
Em vários momentos, senti como se estivesse assistindo a uma tragédia de Shakespeare mascarada por armas, ternos escuros e pubs esfumaçados. A série não se resume a tiroteios ou acordos ilegais — ela trata de identidade, legado, e da eterna dúvida entre romper ou repetir o ciclo familiar.
Se você gosta de tramas sombrias, atuações fortes e histórias que te desafiam a julgar quem é vilão ou herói, MobLand merece sua atenção.
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