Para pensar .... Reflexão

Ser pai também é aprender a não se meter

Ser pai é um exercício diário de contenção.

Não é só sobre ensinar o certo e o errado, dar carinho ou impor limites. Muitas vezes, é sobre engolir o próprio impulso de proteger — mesmo quando tudo dentro de você grita por justiça.

Ver um filho magoado dói de um jeito que não tem remédio.

A gente vê a decepção nos olhos, ouve a voz murcha, sente o coração deles partido… e tudo o que queremos é resolver. Ir lá, tirar satisfação, dar uns beliscões ou puxões de orelha , colocar o mundo em ordem como se isso fosse possível.

Mas não é.

Porque crescer também é isso: ser excluído do grupo, ser traída pela amiga, ser alvo de uma injustiça.

E por mais que eu queira livrar meus filhos dessas dores, sei que algumas feridas são necessárias. Não para machucar — mas para fortalecer, criar casca , pois o mundo é cruel .

Já me peguei muitas vezes com raiva de um colega que magoou meu filho, com vontade de ligar para os pais da amiga que deu em cima do “namoradinho”da minha filha, ou de questionar por que excluíram ela do programa de fim de semana.

Mas respiro. Conto até 10 .

Porque ser pai é também confiar.

Confiar que aquilo vai passar.

Que eles vão tirar suas próprias conclusões, mesmo erradas .

E que, se eu me meter demais, posso atrapalhar mais do que ajudar , pois as vezes eles precisam aprender pela dor e não pelo amor .

Claro que estarei sempre por perto. Sempre pronto para acolher, ouvir, orientar — se me pedirem.

Mas aprender a se colocar no lugar certo é uma das tarefas mais difíceis da paternidade.

Às vezes, amar é não agir.

👨‍👧‍👦 Ser pai é estar inteiro. Mas não invadir. É acolher sem interferir. É amar sem controlar. É ensinar a levantar — sem evitar a queda.


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